Em um mundo onde os valores de justiça e igualdade deveriam ser inegociáveis, a realidade enfrentada pelas famílias atípicas em Cotia é uma dura e dolorosa prova de como esses princípios fundamentais podem ser negligenciados e pisoteados. O transporte escolar, uma necessidade básica para muitos, tornou-se um símbolo de constrangimento e luta para aqueles que mais precisam: nossas crianças com necessidades especiais.

Em Cotia, o desafio de garantir o transporte adequado para essas crianças é uma batalha diária. A Associação colo mãe Tea, representando mais de 300 famílias unidas nessa luta, tem sido uma voz incansável na exigência pelo cumprimento dos direitos básicos. No entanto, suas vozes têm ecoado em um vazio ensurdecedor, enquanto a EMTU parece ter fechado os olhos para suas necessidades prementes.

Ordens judiciais foram emitidas, determinando que o transporte adequado seja fornecido às crianças atípicas de Cotia. No entanto, essas ordens têm sido tratadas com um desrespeito chocante pela EMTU. A pergunta que ecoa nas mentes e corações dessas famílias é simples, mas crucial: o que mais é necessário para que nossos direitos sejam respeitados?

O descaso do poder público não é apenas uma questão administrativa; é uma violação dos direitos humanos mais básicos. É uma negação flagrante da dignidade e do respeito que cada indivíduo merece. Enquanto mães se veem obrigadas a enfrentar jornadas extenuantes e sacrifícios dolorosos apenas para garantir que seus filhos cheguem à escola, fica claro que algo está profundamente errado em nossa sociedade.

O presidente da EMTU, Francisco Eiji Wakebe, deve ser confrontado com a realidade devastadora que suas políticas têm infligido sobre essas famílias. Cada passo doloroso, cada lágrima derramada, é uma acusação contra a inação e o descaso das autoridades responsáveis.

No entanto, apesar das dificuldades esmagadoras, há uma chama de esperança que continua acesa no coração dessas famílias. A determinação e a resiliência que demonstram todos os dias são um testemunho poderoso da força do espírito humano. Suas vozes unidas, clamando por justiça e igualdade, são um lembrete para todos nós do poder da solidariedade e da ação coletiva.

Chegou a hora de transformar a humilhação em ação e a luta em vitória. As famílias atípicas de Cotia não estão sozinhas em sua luta. É hora de nos unirmos a eles, de erguer nossas vozes em solidariedade e exigir mudanças reais e imediatas. O futuro de nossas crianças e a integridade de nossa sociedade dependem disso.